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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Desvelado Espectro


Os cacos de vidro
Que berram meus olhos,
De suas sementes, crescentes espinhos
Ainda balsamam as veredas de meus caminhos.

Defloro cada lágrima que, ufana,
Mesclou-se com o suor de sua carne branda
Revivo todos os longos devaneios
Que para o além edenizaram os meus anseios.

Sou êxtase transbordado
De amores inventados...
Sou flor desabrochada
De saudade crescente sou regado...

Vivo a esperar
Pela volta da chama atroz:
Vinho corrente em minhas veias...
Rubro incenso, sangue legítimo do Inferno!

Peregrino enclausurado,
Pela lamparina cintilante maculado
Enfermo boêmio, vagueio pelas suas curvas
E alanceio-me tétrico
Adentro de seu desvelado espectro.

Seu corpo desnudo, aveludado de desejo
Perpassa as pétalas de meu destino
Harpa rouca... murmúrio penetrante...
Maré lasciva... Ó, seu odor íntimo...
Suga-me! Arruína-me! Arruína minha vida...!

***

Meus lábios cantam apenas aos seus...
Eu derreto o seu prazer,
Alucino-me por todo o seu deleite...
Sou fênix felina... Fênix do amor...
Minhas cinzas uivam em busca de seu ardo
r!



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