O Palhaço
Por não ter outro ofício para ganhar o pão.
E os filhos sustentar sendo muitos os pequenos.
Pensando na vergonha por ser um cidadão.
Passou a ser palhaço ou fazer graça ao menos.
Ao vê-los todos riem da engraçada cena.
O rosto todo pintado no nariz uma bola vermelha.
Mandando mil beijinhos a multidão acena.
Saltando em cambalhota contente muito feliz.
Na face o sorriso, mas lá dentro do peito.
Chorando de tristeza por não ser verdadeiro.
Inúmeras pessoas espalhadas por ai.
Diz-se palhaço para mostrar que tem alegria.
Mas o pobre coração cortado em mil pedaços.
Onde o palhaço ri e por dentro só estilhaço.
Soneto escrito no estilo Prates.
Autora: Lee Nunes.
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=38536
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